Mais um artigo, desta vez da The Finisher, sobre recuperação pós corrida.
Recuperação perfeita
Métodos reduzem a perda
de performance após um esforço intenso
O desejo crescente de performance fez com que a Medicina
Esportiva, que antes se preocupava em identificar riscos cardiovasculares e em
curar lesões decorrentes da prática esportiva, mudasse seu foco. Prevenção e
recuperação tornaram-se palavras de ordem.
A recuperação propriamente dita depende diretamente das cargas
(intensidade e volume) do treinamento e da condição física, da idade e do
estado de saúde do atleta. Quanto mais intenso for um treino, maior o tempo
necessário para os tecidos retomarem seu melhor estado. Se não houver uma
adequada recuperação, maior será a perda de performance (e maior o risco de
lesões). Dessa forma, o médico do esporte deve estabelecer uma rotina de ações
capazes de otimizar esse tempo de recuperação. Abaixo, alguns métodos indicados
para atletas de elite e amadores.
Recuperação ativa: realizada após a sessão de treino, em
uma intensidade entre 20% a 50% de sua capacidade aeróbia máxima (VO2max),
preferencialmente na mesma modalidade – pode-se usar o deep running como
alternativa. A duração varia entre 10 e 30 minutos (quanto mais intenso o
treino, maior o tempo de recuperação).
Crioterapia de imersão: a velha e boa banheira de gelo, em
sessão de 12 a 15 minutos em água de 10°C a 12°C, realizada até 30 minutos após
a atividade; ela auxilia na redução do processo inflamatório decorrente das
microlesões musculares.
Hidratação: um balanço hídrico positivo
(reposição do volume perdido durante a atividade) é essencial para uma adequada
recuperação sistêmica.
Alimentos ricos em carboidratos de alto índice glicêmico
e proteínas: na forma de barras, de shakes ou da própria alimentação, a
ingestão de 1,5 g de carboidratos por kg do peso corporal nas primeiras duas
horas após o exercício associada a uma proporção de 1 g de proteína para cada 4
g de carboidrato promovem uma restauração plena das reservas do glicogênio
muscular (por exemplo: um atleta de 70 kg deve consumir 105 g de carboidratos e
26 g de proteína).
Massoterapia ou métodos de automassagem: a massagem, quando
realizada de forma adequada, aumenta o fluxo sanguíneo e linfático da
musculatura, permitindo a retirada de metabólitos produzidos durante o
exercício.
Roupas de compressão: estudos recentes têm demonstrado uma
resposta satisfatória desse equipamento quando utilizado durante 4 a 6 horas
após o término de treinos extenuantes.
Recovery boots: são as calças pneumáticas, que permitem uma
pronta redução dos espasmos e edemas musculares quando usadas após a atividade.
É essencial que o corredor saiba que de nada adiantam tais
métodos se não houver a prática regular de hábitos saudáveis: uma boa noite de
sono, alimentação balanceada, baixa ingestão de bebidas alcoólicas
(principalmente pouco antes e depois do exercício) e, na medida do possível,
uma vida menos estressante.
**Gustavo Magliocca é médico especializado em Medicina do
Exercício e do Esporte pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São
Paulo. É médico da seleção brasileira de natação e de atletas amadores na
Sports Care Club.
Vai parar de escrever no blog?
ResponderExcluirparou de correr?
Obrigado,
abraço,
daniel
rsrsrs...nem um, nem outro. Foi tempo mesmo. Mas esse fim de semana, compenso.
ExcluirAbraço,
Roberto