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domingo, 31 de agosto de 2014

Histórias da Vida....

Vou contar uma história: 

Em 2012 eu e Lorena corremos a Paris/ Versailles (16K). Durante boa parte da prova, tinha uma menina correndo próxima a mim. Eu passava, mais adiante ela aparecia e me passava. Depois eu a ultrapassava. E assim foi durante um bom tempo. Ela tinha o meu pace, não colocou vantegem alguma expressiva sobre mim. Nem eu sobre ela.

Na avenida que dá no palácio e onde terminava a prova, lá estava ela do meu lado. Vendo a chegada, eu acelerei pra chegar logo. Óbvio que, não valendo pódio, RP, nada, eu não tinha a menor intenção de “vencer” ninguém. 

Mas ela pegou pilha e acelerou. E aconteceu uma coisa estranha: eu fiquei com vergonha de acelerar e PARECER que estava apostando corrida com ela…rsrs. Apertei o ritmo, mas não dei aqueles passos largos que uma pessoa de 1,85m pode dar. E ela chegou na frente.

Até hoje eu lembro disso. Foi uma prova sem pretenção, até pq não compito por pódio, mas aquilo ficou na minha cabeça: por que não dar o máximo, onde quer que eu esteja? Já aconteceu aqui em Salvador de alguém acelerar pertinho da linha de chegada, olhar pra mim, como se quisesse dizer: “eu sou melhor, eu vou ‘ganhar' ".

Não sei o nome dela, de qual país ela é (prova internacional é assim..rsrs), mas não esqueço a competitividade do “nada por nada” a não ser, NAQUELE MOMENTO, de ter um objetivo: vencer o vizinho.

Claro que esse não é o ponto. Ter um objetivo, por mais efêmero que seja, por mais temporário que seja, tem seu lugar. Você precisa ter objetivos de longo prazo (fazer uma Maratona, uma Ultra, ou mesmo uma Meia), mas salpicar com objetivos imediatos.

Não pensava assim, e "perdi" minha colocação nessa prova. Bateu mesmo uma vergonha de parecer que não queria deixá-la passar. Achei que correr mais pareceria uma brincadeira boba, infantil. Para era não era. Fui seu objetivo efêmero.

Não me perdôo. Mas não repito.



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