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domingo, 31 de agosto de 2014

Histórias da Vida....

Vou contar uma história: 

Em 2012 eu e Lorena corremos a Paris/ Versailles (16K). Durante boa parte da prova, tinha uma menina correndo próxima a mim. Eu passava, mais adiante ela aparecia e me passava. Depois eu a ultrapassava. E assim foi durante um bom tempo. Ela tinha o meu pace, não colocou vantegem alguma expressiva sobre mim. Nem eu sobre ela.

Na avenida que dá no palácio e onde terminava a prova, lá estava ela do meu lado. Vendo a chegada, eu acelerei pra chegar logo. Óbvio que, não valendo pódio, RP, nada, eu não tinha a menor intenção de “vencer” ninguém. 

Mas ela pegou pilha e acelerou. E aconteceu uma coisa estranha: eu fiquei com vergonha de acelerar e PARECER que estava apostando corrida com ela…rsrs. Apertei o ritmo, mas não dei aqueles passos largos que uma pessoa de 1,85m pode dar. E ela chegou na frente.

Até hoje eu lembro disso. Foi uma prova sem pretenção, até pq não compito por pódio, mas aquilo ficou na minha cabeça: por que não dar o máximo, onde quer que eu esteja? Já aconteceu aqui em Salvador de alguém acelerar pertinho da linha de chegada, olhar pra mim, como se quisesse dizer: “eu sou melhor, eu vou ‘ganhar' ".

Não sei o nome dela, de qual país ela é (prova internacional é assim..rsrs), mas não esqueço a competitividade do “nada por nada” a não ser, NAQUELE MOMENTO, de ter um objetivo: vencer o vizinho.

Claro que esse não é o ponto. Ter um objetivo, por mais efêmero que seja, por mais temporário que seja, tem seu lugar. Você precisa ter objetivos de longo prazo (fazer uma Maratona, uma Ultra, ou mesmo uma Meia), mas salpicar com objetivos imediatos.

Não pensava assim, e "perdi" minha colocação nessa prova. Bateu mesmo uma vergonha de parecer que não queria deixá-la passar. Achei que correr mais pareceria uma brincadeira boba, infantil. Para era não era. Fui seu objetivo efêmero.

Não me perdôo. Mas não repito.



sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Correr Magnifica

Bem, em setembro me mudo, com toda a carga de stress, mal humor, tempo corrido, expectativa e alegria pela mudança para melhor (sempre, né?). Só quem passou por uma reforma e mudança sabe o que é. Se Deus quis castigar seus filhos, então criou uma coisa chamada "reforma". 

Consome nosso tempo, pó para todo lado (quem disse que a tosse passa indo visitar a obra?), e você nunca vê o "produto final". Final do dia o humor está quase zerado, e o cansaço lá em cima. Tirando isso, está tudo bem..rsrs.

Mas, enfim. Hora de empacotar coisas, rasgar papéis, e, claro, organizar e-mails também, afinal, estamos na era digital.

E nessa organização, revi um e-mail que Marcos Barros, um amigo corredor  grupo mandou para o grupo. Era para ter feito isso há muito tempo, mas sempre esperava a melhor hora para fazer, e ia ficando. E chegou a hora de compartilhar.

Palavras verdadeiras e que, quem corre por paixão, não tem como não se identificar.



Correr Magnifica  

Correr potencializa o prazer das pequenas coisas. 
Escrevo sobre correr porque essa é a modalidade que escolhi para mim. Contudo, entendo que pedalar, nadar, remar ou velejar, jogar qualquer coisa sozinho ou em grupo, desde que envolva esforço físico, objetivos e ambiente externo (preferencialmente, mas não só) ao ar livre, nos leva aos mesmos benefícios. 

Não falarei dos benefícios à saúde. Sabe-se demais sobre isso. Indiscutível enquanto prevenção e tratamento o papel do esporte na saúde de todos. Abordarei o “algo a mais”. Coisas menores, maravilhosamente distribuídas no dia a dia. 


Tomemos a corrida. Observe a água. Insípida por conceito, que sabor tem durante ou após o correr! Gelada ao sol, impagável como na propaganda do cartão de crédito... As frutas, dádivas da natureza, são um manjar dos deuses, tantas vezes menosprezadas no cotidiano. 

Cada metro da cidade que você mora há anos é diferente quando faz parte do seu percurso de corrida. As pequenas pedras (lembra de Carlos Drumond de Andrade? Pois chamemos os buracos também de pedras...) são velhas conhecidas. E notamos cada ação de quem cuida da nossa “pista de treino”. 
O voltar para casa após o longão, seja de 5 km ou 18 km é fenomenal... nada se compara à sensação de ter corrido. Até a soneca é mais gostosa, mesmo que fora de hora. 


E as pessoas, então? Percebeu a ligação que se estabelece em um fugaz cruzamento de olhares entre corredores? Os cumprimentos, palmas, acenos; a disposição e disponibilidade para ajudar um corredor como você é natural. Não importa tratar-se de um maratonista e um iniciante na segunda semana de treino, ambos começaram da mesma forma e sabem disso! Aliás, muitos dos fanáticos que parecem ter nascido prontos para correr começaram “apenas para perder peso”. 

Eu, particularmente, gosto de desejar “bons dias” às pessoas nas minhas corridas matinais. As reações, as mais variadas, são uma diversão a mais. Outro dia, distraído que estava na minha corrida, fui alvo de um caloroso “bom dia”. Será que fui reconhecido? 

Pois é. Correr magnifica as pequenas coisas, os pequenos prazeres, as pessoas, as relações e os lugares. Como esse efeito maior tem curta duração, precisa-se correr sempre. Assim, valoriza-se a vida pela sua simplicidade, pelos prazeres universais, por sentimentos nobres e torna-se uma pessoa melhor. 
Espero sinceramente que, em 2014 e em frente, nos dermos mais tempo para correr, para praticar outras modalidades, mas principalmente, para sentir o prazer que só a atividade física nos traz. Que estejamos mais vivos, mais ativos, mais presentes. 
E, sem trocadilhos, que aproveitemos os presentes que a vida nos traz.



Como diz Mário Quintana, “reticências são os três primeiros passos de um pensamento que continua por conta própria...” 




domingo, 24 de agosto de 2014

2a Maratona Caixa da Bahia. E o Que É Uma Maratona

Décadas de inatividade e, eventualmente eu passava por alguma prova aqui em Salvador vendo os corredores sem entender o que ou porque corriam. Num sol brabo, sair correndo me parecia meio ilógico. Simplesmente não via sentido naquilo.

O tempo passou, conceitos mudam, sua vida muda, VOCÊ muda. Aí começo a correr, no grupo um monte de gente que corria Meia Maratona, e eu nem 3K. Ouvia o pessoal conversar sobre as provas, chegava em casa e pensava: "Tá louco, correr 21k? Só enlouquecendo". E o resultado, é que já estou na 6a Meia (2 esse ano). Até o fim de 2014, mais umas 2, totalizando 4 em um só ano.

E é dose, porque as cosias vão acontecendo, você as vê passando e vai entendendo o real sentido das coisas.

Hoje foi realizada em Salvador, a 2a Maratona Caixa da Bahia. Além de 42.195m (para lembrar quanto se corre numa prova dessa), teve 5 e 10K. 

Como estou cheio dos mesmos percursos, evito fazer essas provas óbvias. Mas como faltei ao treino de ontem, fui hoje cumprir a planilha, aproveitar a estrutura e ver os amigos do grupo que iam participar da Maratona.

Foram 4: Ciro, Thaigo, Cláudia e Ademilson. Tenho uma filosofia: quem corre uma Maratona, pra mim, é guerreiro. Não precisa nem perguntar o tempo (e, ah, todos fazem ou fizeram sub-4h) , correu, é diferente e pronto.


    Ciro, Ademilson, Cláudia e Thiago


Não esperava ficar, mas como a Maratona largou 07:00, e o pessoal de 5 e 10K 07:30, e terminamos cerca de 08:30 (não largamos na linha de frente), chegando na barraca, faltavam umas 2 horas para nossos amigos chegarem.

E aí, nessas 2 horas, eu comecei a entender, um pouco que seja, o que é correr uma Maratona. 

Primeiro, vimos o pessoal passar voltando da Barra sentido Itapoan. Já eram 26K. Nesse momento você observa pessoas que fizeram pouco mais que uma Meia. Mas dizer isso, é simplório. A estratégia contida nesses 26K são cruciais para que a prova transcorra bem.

Ainda tem o muro (30K), as dores que virão, o pace sob controle, a vontade de acelerar mas que a prudência manda rever, entre tantas outras coisas.

E você vê que são pessoas normais, nenhum super homem, nenhum atleta de outro mundo, muitos, sim, com barriga, que se você encontra no shopping não imagina que faça uma prova dessa - como quem vê cara, visse desempenho...rsrs.

Mas o negócio é mais embaixo. 

10:20 (03:20 após a largada) estávamos no corredor de chegada (o mesmo onde eu havia chegado do meu treino de 10K horas ates). E vi corredores chegando das mais diversas formas: muito bem, dando aquele sprint final, com cara de dor, tortos, chorando, pegando na mão dos filhos e indo até a chegada... vi de tudo - ou quase tudo.

O sol a pino (olha como fiquei por ter ficado até mais tarde, sob o sol e um sol forte):



Falar de um percurso de 41.194m é pouco perto do que é uma preparação para tal. 

Treinos de 21, 28, 30, 34, 36K. Privação do convívio com amigos e família, dieta sem margem para escorregões, pouco álcool, na semana pré-prova, zero. E isso para passar cerca de 03:30 a 4 horas correndo, alguns momentos sem ninguém perto, se questionando o motivo de ter entrado naquela "roubada". É, de fato, uma coisa ilógica.

Não se faz uma Maratona para perder peso, para melhorar a saúde, para "secar". Isso se consegue correndo muito menos, mas de forma disciplinada. Uma Maratona é para quem pode, não para quem apenas "quer". Embora, muito se deva a QUERER. Porque, para PODER fazer uma, tem que querer muito.

Brincamos dizendo que uma Maratona é meio expediente de trabalho...correndo. Estava com Alan, que fez sua 1a Maratona há pouco. E ele ia me falando do que sentiu, como foram os Km da prova dele, e realmente é uma experiência impressionante.

É muito esforço, muita renúncia, muito tempo na pista, muito sofrimento. E muita emoção lá no final, um momento só seu.

E esse momento merece ser aproveitado. Quem fez, merece.

E hoje tivemos mais um pódio: Cláudia cravou 3o lugar geral feminino. Mais uma conquista, mais uma vitória.


 Clúadia e Ulisses






sábado, 16 de agosto de 2014

Restabelecendo o Ritmo

Há pouco mais de 1 mês, o ritmo de treino diminuiu por causa de uma gripe que gerou um broncoespasmo, e me traz crises de tosse até hoje. Além de baquear, quebra o ritmo, diminui a intensidade, irrita, desanima e frustra.

Mas, como a vida não pode parar - pelo contrário, tem que melhorar, os treinos foram sendo retomados. Quinta foram só 8K, mas para quem estava parado, não sentir e não interromper, já é lucro.

Hoje teve um treino especial, saindo da orla, perto de Itapoan (SESC para quem conhece Salvador) sentido Farol da Barra. Totaliza 20K, um bom treino, portanto. Como estava em banho maria, não arrisquei seguir com os amigos. Saí do Farol e fiz 10K para não passar em branco e sentir o condicionamento. 

Apesar da diminuição do ritmo, me senti bem e terminei zerado. Vamos ver as dores até segunda...rsrs.

Seguindo a regra de que, tão importante quanto correr é conversar - e sobre assuntos diversos, e foram inúmeros - até essa hora rola assunto pelo WhatsApp. Pena não ser permitida cerveja, se não, ia até meio dia.

Fomos para a sessão de fotos:







A que mais gostei foi essa, com 2 bons amigos em posição de Transformers, a la Titanic, tipo reis do mundo (não, não subimos em nenhum carro)...kkkk. 




O que se leva da vida, é a vida que se leva.



sábado, 9 de agosto de 2014

Treino Em Novo Local

Quem corre, sente na pele o que é repetir trajeto. Por mais que adoremos correr, uma hora bate aquele tédio, uma quase "moleza" em pensar no mesmo percurso.

Salvador tem uma das piores orlas do Nordeste (acho que ganha com louvor), e poucas opções de locais. Claro, querendo sempre dá para arrumar, afinal, para correr, basta um tênis e um chão. Temos algumas poucas praças que alternamos, e deixamos de treinar em locais com alto potencial, como o Parque de Pituaçu, por exemplo.

Enfim, reclamar não resolve. Persistir e inovar, sim. Por isso, já testei a Paralela, fiz outro percurso perto do Aeroporto, corro perto da minha casa, e vou levando.

A Authentic Run ganhou uma concorrência para ser a assessoria do condomínio Alphaville Salvador2, que fica na Avenida Paralela. E hoje foi o treino inaugural.

Então ela chamou os corredores para treinar lá. Adorando um local diferente, lá fui eu.

Avisaram que tem ladeiras. Ninguém assustou, mas falaram delas. E ladeira é para ser vencida. Sempre - ou quase.

Estava com o firme propósito de cumprir minha planilha (11K). Mas eis que um casal amigo nosso chama para uma degustação de queijos e vinhos ontem. Fomos, bebi o equivalente a 1/2 garrafa, ganhei uma, ou seja: o balanço foi positivo.

Terminando, fomos comer uma carne e mais 2 Paulistânias 600ml para dentro. Tudo indicava um treino perdido.

Mas, essa semana que termina eu não corri, e na semana passada bem pouco. Tudo começou com uma gripe, que virou um bronco espasmo e agora uma alergia. Pelo menos não tem mais nada para sair, em compensação, a tosse quando vem, incomoda muito.

E lá fui eu, todo animado, tempo frio, nublado, correr. Chegando lá, um pessoal já havia começado (cheguei atrasado). E fui com fé e coragem.

Terminei descobrindo que apenas 900m são planos, o resto é ladeira braba. Cada casa construída parecendo prédio. E, claro, o sol saiu. 

Como cheguei mais tarde, mesmo que conseguisse, o tempo não ia permitir os 11K. E tome subida. Cada descida era uma alegria, mas batia a preocupação de que tudo que desce uma hora tem que subir.

E foram 5,5K pra conta. Bem, de consciência limpa, pra minimizar o efeito do desvio de ontem. É aquele ditado: Corra. Corra muito, corra pouco, porque você terá feito mais do que aqueles que não correrem.

Pra frente é que se anda. Ou melhor: corre.








quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Run The Night

Será realizado 30/08 em S.P. a Run The Nigh. Prova com 21K que pode ser disputada solo, em dupla ou quarteto.

Realizada na Cidade Universitária, é a primeira corrida noturna de revezamento da América Latina, e é organizada pela Iguana Sports, que já organiza provas de ótimo nível, como a Golden Four Asics - para mim, a melhor Meia Maratona do país. Já fiz 2 provas.

Mais uma opção para quem gosta de desafios e corridas noturnas.


Segue a apresentação:


Run The Night volta a São Paulo

            Depois de receber 5 mil atletas em 2013, Cidade Universitária será palco de mais uma corrida noturna de revezamento.
            Pelo segundo ano consecutivo, os corredores terão a oportunidade de participar da Run The Night, a primeira corrida noturna de revezamento da América Latina. Na noite do dia 30 de agosto, às 19h, as ruas da Cidade Universitária, em São Paulo, serão tomadas pelos atletas que – assim como em 2013 – poderão encarar o desafio sozinho, nos 21 km, ou formar times com dois ou quatro amigos – que correm 10,5 km e 5,25 km, respectivamente.
            No ano passado, 5 mil corredores aproveitaram, além da corrida, uma arena interativa e conectada, cheia de atrações, muita música, luzes e malabaristas encarregados do entretenimento. Painéis de neon e tinta glow completam a agitação do local.
            São duas opções de kit (valores do primeiro lote):
            Econômico (R$ 79 - individual; R$ 158 - dupla; R$ 316 - quarteto)
            Gym Sack e camiseta de manga curta (os concluintes também ganham medalhas).
            Premium (R$ 109 - individual; R$ 218 - dupla; R$ 436, quarteto)
           Gym sack, camiseta de manga curta e outra de manga longa (os concluíntes também ganham medalhas).
Com a temperatura mais amena à noite, a Run The Night é uma boa oportunidade para estrear ou baixar o tempo na meia-maratona. Além disso, nada melhor que correr entre amigos e, claro, quebrar suas marcas nos 5 e 10 km. Outro benefício da corrida noturna para quem gosta de dormir até mais tarde, pois não corre o risco de perder a hora.
Para garantir seu lugar – e de seus parceiros de corrida – na Run The Night, acesse o site www.runthenight.com.br. Você também encontra mais informações, imagens do kit e muito mais.




quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Maximalismo: Nova Moda, ou Tendência?

Nem se chegou perto de alguma conclusão sobre os tênis minimalistas, e lá vem outra proposta: as dos tênis maximalistas. Sim, isso mesmo, na ponta oposta, temos a quase antítese.

Os tênis maximalistas se propõem a atender um outro perfil de corredor, trazendo algumas características e supostos benefícios.





# Em função do alto amortecimento, ajuda corredores de ultramaratonas ou mesmo maratona em asfalto, a forçar menos as articulações e evitar lesões.

# Esse amortecimento também, oferece um maior conforto, mesmo sacrificando um pouco  a energia utilizada na corrida, em distancia memores, pode ser uma "troca" benéfica.

Vale, SEMPRE, a máxima de que não existe receita de bolo, ou seja: cada indivíduo tem suas necessidades, limitações, objetivos e para cada um desses, existe uma solução que melhor lhe atende. Portanto, o que vale para um, não necessariamente funciona para outro.

O Blog Penso Logo Corro, do Zé Lúcio Cardim, traz uma séria de perguntas que ajudam a entender e conhecer melhor o produto. Aproveito para compartilhar com vocês:


O que é maximalismo?
Dois corredores de montanha franceses que trabalharam na Salomon, Nicolas Mermoud e Jean-Luc Diard, fundaram a Hoka One One há quatro anos. A concepção da marca foi construir um calçado de corrida baseado em esquis de neve, na suspensão das mountains bikes, no design de algumas raquetes de tênis oversized e em bicicletas de neve, com seus pneus maiores.  A ideia, sempre, era que o tênis tivesse uma área principal maior, que melhorasse o desempenho. Mas não é apenas no maior amortecimento que os criadores investiram: design, entressola e, como diria o técnico Tite, “calçabilidade”.
Tendência ou modinha?
A regra é a mesma: assim como com qualquer tênis de corrida, você precisa encontrar um confortável, de acordo com seu porte e com a maneira como você executa a pisada. Maximalismo é apenas outra opção. Alguns corredores amarão; outros, não.
Maximalismo é para ultramaratonistas?
Os tênis maximalistas, até agora, foram melhor aceitos nas ultramaratonas. Na verdade, uma estimativa conservadora em algumas das maiores ultras norte-americanas do ano passado mostraria que 40% a 60% dos corredores calçavam Hoka. Por quê? Porque o amortecimento extra é apreciado ainda mais depois de horas de impacto. Mas esse princípio também se aplica a longas distâncias nas estradas — é por isso que cada vez mais maratonistas e triatletas de endurance também podem ser vistos calçando Hoka (alguns maratonistas de elite americanos fazem seus treinos longos e de recuperação com esse tipo de tênis).
Existem estudos científicos sobre tênis maximalistas?
Nenhum, nem mesmo das próprias empresas envolvidas. Vários fabricantes encomendam suas próprias pesquisas de desenvolvimento de produto (e contratam especialistas em biomecânica), mas esses testes — como era de se esperar…— normalmente apoiam o marketing das empresas. Mas há muitas opiniões abalizadas sobre os calçados maximalistas, pró e contra.
Tênis maximalistas são o oposto dos minimalistas?
Sim e não. Certamente, o conceito de “alto-e-longe-do-chão” é a antítese do “baixo-e-perto-do-chão” (premissa básica dos calçados minimalistas ou barefoot). No entanto, maximalistas não foram projetados com a motivação de design “mais é mais” (em oposição ao “menos é mais”). Na verdade, muitos tênis maximalistas usam muito do design minimalista moderno — materiais que são tão leves quanto possível, evitando materiais em excesso e incorporando pouco drop (de 0 a 8 milímetros).
Tênis maximalistas não são instáveis?
Alguns podem ser, mas a maioria, não. O maior motivo é o perfil largo dos calçados. A maioria dos maximalistas é 20% a 30% mais larga do que os tênis tradicionais, e esse contato adicional com o solo cria maior estabilidade. Também, as empresas têm trabalhado com várias densidades de espuma de amortecimento da entressola.
Tênis maximalistas diminuem a percepção proprioceptiva entre pé e chão? E isso faz de você um corredor menos eficiente?
Sim, eles definitivamente tiram a “sensação de chão”. Mas muitos corredores dizem que ganhar em amortecimento é uma ótima troca. Quanto à eficiência, é uma boa pergunta. A perda parece lógica, embora o peso relativamente leve possa compensar o potencial arrasto de um tênis com essa enorme área. No entanto, para ultramaratonistas, sacrificar um pouco de eficiência pode ser aceitável para o conforto e menos fadiga muscular depois de 50 ou 80 quilômetros de corrida.
Todos os tênis maximalistas são iguais?
Não. Cada modelo que testamos é bem diferente  um dos outros. Alguns são muito macios e lisos, outros são elásticos e resistentes, e há os muito mais firmes. Alguns são muito leves, outros são bastante pesados. Alguns são completamente neutros, outros oferecem uma quantidade significativa de estabilidade.
O que os corredores mais gostam nos tênis maximalistas?
Até agora, aqueles que adotaram os Hoka One One parecem sugerir que é o amortecimento extra, mas o verdadeiro motivo está  na redução da fadiga  das pernas em longas distâncias e o menor tempo de recuperação — há também a ideia de que a abundante entressola ajude a diminuir a taxa de pronação de forma menos dura do que um modelo tradicional. Por outro lado, aqueles que não gostam afirmam que os maximalistas são muito pesados, desajeitados e caros.

E aí? Vai testar no seu próximo desafio?



terça-feira, 5 de agosto de 2014

Beiju, Esse Coringa

Quem leva uma vida com atividade física e um cardápio equilibrado, tem certos alimentos que se prestam a diversos propósitos.

O Beiju é um deles. Feito com farinha - ou goma - de tapioca, tem algumas características que ajudam a quem segue uma dieta saudável:




# A gordura é baixa
# Fornece energia para atividades físicas, e claro, para o trabalho
# Sacia bem

No entanto, tem um índice glicêmico mais alto, o que não o torna muito indicado para ser consumido à noite/ antes de dormir. Isso porque, com a queda da atividade metabólica durante o sono, o alimento se transforma em açúcar e aumenta a gordura do nosso organismo.

O Beiju pode ser combinado com vários acompanhamentos, como ovos, peito de peru, queijo cotage, entre outros.  

E pode ser feito misturando quinoa à farinha, por exemplo.

Para o café da manhã, lanche ou antes do treino, o beiju é um desses coringas que podemos usar muito a nosso favor. Mas não vale colocar manteiga, ok? ;-)





segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Degraus Para Os Treinos

Treinar em escadarias ajuda a fortalecer a musculatura, preparar o corredor para subidas, além de outros benefícios.

Periodicamente temos esses na planilha. E ainda ajuda a quebrar a rotina.



DEGRAUS PARA OS TREINOS
O treino em escadarias é ferramenta para simular subidas, descidas e complementar a preparação para as montanhas


Foto: Thinkstock
Usar escadarias é uma opção para quem precisa simular a corrida morro acima, mas não tem possibilidade de se deslocar até um terreno específico e realizar o treino. Os degraus contribuem para o ganho de força nas subidas e proporcionam controle nas descidas. Segundo a treinadora Thabata Giavoni, da assessoria esportiva Projeto Mulher, de São Paulo (SP), para subir um degrau é preciso vencer a altura, utilizar a perna para levantar o peso do corpo e vencer a resistência.
Já para descer, os músculos funcionam como freios, se contraem para controlar o movimento e não deixar o impacto nos quadris, joelhos e tornozelos. O educador físico Alexandre Manzan, maior vencedor do circuito XTerra no Brasil, de Brasília (DF), diz que é necessário uma bagagem de ao menos seis meses de corrida para iniciar nas escadas. “Sem isso, o atleta corre o risco de lesionar joelhos e tendões, pois há muita força envolvida”, ensina. Thabata complementa que um corredor só poderá adotar as escadas quando os treinos em subida forem feitos sem desconforto ou dor nas articulações.
Na subida, quadríceps e bíceps femoral se contraem e a força é usada para empurrar o corpo para cima. A cada degrau, o movimento é repetido, fazendo com que o músculo fique mais forte e resistente.
Diferenças de terreno: Manzan aponta que cada degrau normalmente proporciona estabilidade na pisada, o que deixa as articulações e musculatura condicionadas a fazer um movimento padrão. Por isso, treinar nas escadas não substitui o terreno da montanha, com terra, grama e pedras, onde o piso é irregular. “Esses elementos são fundamentais para trabalhar a resposta de torção dos pés. Mesmo assim, os degraus podem trazer ganho de desempenho”, afirma.
A musculatura das pernas (quadríceps, bíceps femoral, panturrilha e tibial anterior) deve estar fortalecida a ponto de suportar o esforço e o impacto. Trabalhar com desníveis melhora força, potência e resistência muscular. “Essa simulação amplia a elevação dos pés na corrida e proporciona um trabalho cardiorrespiratório, muscular e neuromotor”, reforça Thabata.
Evolução nos treinos: 
Thabata explica que não é necessário querer evoluir no treino de escada. “É possível, sim, começar subindo degrau por degrau e, aos poucos, aumentar o intervalo para dois e, para quem tem as pernas mais compridas, até três degraus.” A descida deve ser sempre de um em um, e podem ser realizadas de três a quatro repetições.
Aquecimento específico: 
A amplitude que será utilizada nas escadarias é maior do que a trabalhada no asfalto. O treino em degraus exige mais das articulações do joelho, tornozelo e quadril, e seus respectivos músculos motores, como o anterior e posterior da coxa, panturrilha e glúteos.

O aquecimento deve mobilizar as articulações que serão utilizadas. “Repetições de agachamento são um exercício mais específico, principalmente com subida rápida, pois potência é uma característica do treino em escadas”, diz o fisioterapeuta Renan Malvestio, da clínica Run&Care, de São Paulo (SP).