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terça-feira, 26 de junho de 2012

Afinal, o Que é Mesmo, e Para Que Serve a FC?

Continuando com as informações mais técnicas, desta vez, abordaremos a FC (frequência cardíaca). Só que, para um assunto tão mais profundo, importante e técnico, contaremos com a ajuda de um profissional.

No caso, Dr. Marcos Barros, especializado em Cardiologia e Clínica Médica, de Salvador/BA, que além de profissional da área, corre no nosso grupo, e temos o prazer de tê-lo em nosso convívio.

Vamos à FC, então:


"Para a Cardiologia, a frequencia cardíaca (FC) é um marcador linear do consumo de oxigênio (O²) do músculo cardíaco. Ou seja, quanto maior a FC, maior o consumo de O² pelo coração. Assim, podemos estimar o grau de sobrecarga e avaliar doenças que estariam relacionadas ou apareceriam com o aumento da necessidade de O² pelo coração. Para a Medicina do Esporte, a FC tem interpretação muito mais ampla: relaciona-se ao consumo de oxigênio (O²) do organismo, ou seja, leva-se também em conta a massa muscular periférica.

Na fisiologia celular muscular, a energia é produzida por metabolismo que necessita do uso de O² (aeróbico) e, a partir de determinado grau de esforço, sem dependência de O² (anaeróbico), com produção de lactato. Esse ácido lático é tamponado e lavado do organismo por mecanismos específicos.

Na prática clínica, estabelece-se a FC relacionada ao fim do metabolismo aeróbico exclusivo (Limiar 1: início do metabolismo misto, aeróbico e anaeróbico, com produção de lactato) e a FC relacionada à exaustão dos sistemas tampões (Limiar 2: a produção de lactato supera a sua lavagem). Esse segundo ponto geralmente chamamos de FC máxima porque geralmente está relacionado à fadiga e iminente interrupção do esforço, manifestações do acúmulo indevido do lactato e perda de equilíbrio do sistema metabólico. A melhor forma de medir tais valores da FC é através do teste ergoexpirométrico. Entretanto, há fórmulas matemáticas que pretendem aproximar-se, com maior ou menor precisão, desses valores considerando idade e gênero do indivíduo.

Então, na avaliação cardiológica, avaliamos a saúde em repouso e em resposta ao esforço até a FC máxima. Isso não quer dizer que passar da FC significa risco imediato ao coração...

Bem, qual é o risco de passar da FC máxima? para o coração sadio, desprezível. O risco cardíaco é proporcional ao grau de esforço, contudo, no coração sadio, avaliado e "conhecido". Pondera-se apenas que a avaliação cardiológica é feita até a FC considerada e infere-se que o coração aguentaria o esforço que o levar a ultrapassá-la. Por que? Porque não se deve ultrapassá-la por muito tempo, dados outros riscos.

O trabalho acima da FC máxima traz desequilíbrio metabólico e transtornos lesivos (acidose, acúmulo de escórias celulares, etc.) a todo o organismo. 

Detalhes: 
1. o sistema muscular é mais fragil que o sistema cardiovascular - sofre primeiro, fadiga primeiro, lesiona primeiro (não mata, contudo tem-se muito mais lesões osteomusculares que cardíacas no esporte); 
2. o rendimento do atleta geralmente é muito mais relacionado ao condicionamento periférico que cardíaco. Quando um esportista apresentar condição cardíaca limitante, essa preponderará e toda a sua programação deve adequar-se às orientações do Cardiologista.

Assim, podemos descrever no dia-a-dia:

A frequencia cardíaca (FC) é parâmetro cardiológico fácil, barato e confiável do grau de esforço e sobrecarga que é imposta ao organismo. Os limiares (L1 e L2) são parâmetros metabólicos com relação direta com a FC, utilizados para a programação física. A FC máxima nos traz um parâmetro de frágil ponto de equilíbrio metabólico, que pode e deve ser utilizada para melhorar o condicionamento, sob supervisão e orientação adequadas.
De forma geral, a FC deve ser utilizada como indicador de esforço cardíaco e muscular, podendo ser inclusive utilizado como proteção para lesões ortopédicas em exercícios de carga não mensurável (corrida, p.ex.).

A utilização da FC é importante para todas as fases do treinamento. Não deve ser subestimado o valor da FC no treino regenerativo, por exemplo, às custas da FC nos treinos de condicionamento em tiros. Em bom português, aceite que sua FC vai ultrapassar a FC máxima nos treinos intervalados e preste muita atenção na FC estabelecida para os treinos regenerativos. Seu treinador agradece a confiança."


Devo confessar que não utilizava a FC como um parâmetro quando iniciei minhas atividades. Hoje, sou mais atento a ela, e, com a melhora que pretendo fazer no meu pace, ela deve se tornar uma aliada ainda mais importante. 

Quando falamos de treinar com orientação profissional, uma nutrição adequada, exames em dia, é justamente para podermos evoluir com segurança e diminuirmos a possibilidade de ficarmos afastados dos nossos treinos.

Vale a pena nos cercarmos desses cuidados, acreditem.

Obrigado, Dr. Marcos, pela colaboração!






domingo, 24 de junho de 2012

Próximas Provas

Pronto! Primeira Meia concluída, agora vamos pensar nas próximas. 

Que serão: 
22/07 - Meia Maratona da Caixa Salvador (10K). Fui desaconselhado a fazer 21K, pena. 

12/08 - Circuito das Estações Adidas (10K) 

19/08 - Meia Maratona Internacional do Rio (21K) 

 Que venham as próximas!



O "Arsenal" do Corredor

Estava conversando com o pessoal, e sempre sugerem que fale sobre o que usamos para correr, quais as melhores marcas, etc. A última conversa a respeito, foi com Denise, do nosso grupo. O pessoal costuma dizer que apareço  sempre com uma novidade, mas isso é pura lenda, comecei há apenas 1 ano, estou engatinhando e apenas pesquiso, procuro, mando buscar lá fora quando quero muito algum produto, e gosto de testar não novidades, mas o que acho que pode ajudar no treino, o que é bem diferente de ser deslumbrado com tudo o que é novo.

Assim, sem ter qualquer pretensão de dizer o que é melhor, ou qual a melhor marca (apesar de pesquisar muito para saber tudo - ou quase tudo - que existe disponível para corrida), vamos conversar um pouco sobre o "arsenal" que usamos para correr.

Começando pelos pés ("dos pés à cabeça): 

Tênis. Um bom par é a base para uma boa corrida. Descubra se sua pisada é Neutra, Levemente Pronada (vulgo pisada para dentro), Levemente Supinada (vulgo pisada para fora), ou Pronação/ Supinação severa. Quem tem leve pronação ou supinação pode até usar tênis neutro (meu caso, levemente supinado). 

Isso seu treinador pode avaliar ou mesmo uma boa loja de artigos esportivos. Cabe a cada um, a partir desta informação, escolher, dentro do que acha mais confortável, se quer um calçado com mais amortecimento, ou estabilidade, ou mais leve, etc. Essa é a base, o começo de tudo. Um calçado mal escolhido, pode tirar o prazer de correr, e pior: levar a uma lesão.
   
Um bom tênis no Brasil custa cerca de R$ 600,00. Por bom, entenda-se: modelo mais novo, de uma boa marca, específico para um tipo de pisada, etc. Mas pode-se encontrar a versão anterior normalmente, por R$ 400,00.

Eu uso os seguintes:  



e um modelo da Saucony que achei em promoção na Centauro em Floripa, quando fiz a Meia:  http://www.saucony.com/store/SiteController/saucony/productdetails?productId=4-108520.

Basicamente, Creation12 e Brooks para treinos de até 40 min., Prophecy para treinos acima de 50 min. e alguns longões, e o Triumph8 para longões e provas. O Noosa 7 deve ser usado para longões assim que amaciado. O Cohesion5 deve ficar para treinos e provas 10K.

Polainas/ meias de compressão. Tenho uma polaina da Flets, usei cerca de duas vezes, não senti muita diferença (Ok, corria pouco nessa época), e levei pra Floripa. Quando coloquei, não achei apertada o suficiente, vou comprar uma menor e testar nos longões. O objetivo, é, supostamente, diminuir a fadiga, evitar cãibras, e ajudar na recuperação (pós-prova).Tem quem goste e ache que ajuda. Não posso opinar ainda. Cerca de R$ 130,00.

Short/ bermuda de compressão. Sou prático. Uso short Adidas Freemotion, leve, sem bermuda por baixo, que seca rápido (só esse modelo, e tenho vários). Tenho uma bermuda de compressão Flets e oura Adidas. A suposta função dela é a mesma da polaina. Não sinto diferença. Já corri muito - e bem! - apenas usando short. Usei minha Flets em Floripa dos causa dos bolsos, para colocar o gel...rsrs. Minha bermuda ficou um pouco folgada - acho que porque emagreci - e vou procurar um tamanho menor. R$ 150,00 a 190,00.

Existe uma marca australiana chamada 2XU, considerada A bermuda. Cara (R$ 250,00), promete um resultado efetivo. Avaliem com cautela, contudo. Quero comprar uma para testar. Porém, não tem bolso, o que a faz perder pontos. Outras marcas: CW-X, Adidas, Orca.

Blusa. Eu tenho apenas UMA camisa (Adidas), que comprei quando comecei a correr. De lá para cá, uso apenas as da Authentic Run, e das corridas que fiz. São apropriadas para a prática. 

Blusa de compressão. Mesmo suposto benefício da polaina e da bermuda. Tenho uma de alta compressão Adidas, e outras de média também Adidas. Não vejo diferença, contudo a de alta ajuda a me manter mais ereto. Só que aos sábados, dia de longão, uso apenas camiseta, para não marcar as costas por causa do sol. Mas as de média, mais baratas que as de alta, uso todos os dias à noite, para não suar muito e deixar a blusa seca para usar no rosto...rsrsrs. R$ 80,00 a 199,00.

MP3. Pra quem gosta de correr ouvindo música (meu caso). Nem vou entrar na polêmica dos prós e contras, simplesmente gosto e só corro com música. Tem quem use o iPhone (eu, apesar de adorar os produtos da Apple, não uso, pois é pesado, chama atenção, o fone dele cai da minha orelha, não gosto do programa de monitoramento da Nike, etc.). Uso um da Sony. O meu é o antigo, um pouco maior que o modelo novo. Com 3 min. de carga, ele pode ser usado por 90 minutos. Fácil de transferir músicas, tem 3 tamanhos de adaptador para os vários tamanhos de "orelha", uma potência muito boa (dá pra ouvir a música estando perto de quem usa), encaixa bem na orelha e cabeça. Perfeito, na minha opinião, nem a Apple faria melhor. R$ 300,00.

Óculos. Questão de gosto, algumas pessoas correm de dia sem eles. Para mim, é confortável, por isso uso. Procure um modelo leve, de acetato ou similar, que cubra os olhos até o lado, perto da cabeça. Se possível, opte por lentes Polarizadas, que filtram a luz e permitem uma visão sem distorção. Existem modelos com lentes "vazadas", que impedem que embacem, pode ser uma opção para lugares quentes, por exemplo. Oura dica, é optar por modelos que tenham uma borracha aderente ao nariz, que fixa os óculos, impedindo que escorreguem. R$ 400,00 a 1.500,00.

Monitor. Tem quem só corra usando um monitor de FC (freqência cardíaca), outros usam monitor e GPS para checar a vel. média/ pace. Enfim, perfil e gosto. Basicamente: se vc usa o monitor, além da FC, tem as calorias queimadas, e o GPS informa velocidade, percurso (aqueles mapas que o pessoal coloca no Facebook). R$ 300,00 a 1.600,00.

Alguns aparelhos trazem o GPS integrado (caso do Garmin), outros, você usa separado (Polar). Mas, para medir a FC, é necessário o uso da cinta no peito. Um lembrete: quando em repouso, tirem o monitor cardíaco de cinta, pois assim ele não desperdiça bateria - informação da autorizada Polar.

Boné. Questão de gosto. Eu uso sempre que corro de dia. Diminui os pingos de suor. Opte por modelos com tecido apropriado, que tenha um "caminho" para escoar. Eu ganhei um da Asics sorteado pela Authentic, adorava ele, mas rasgou, Hoje uso o que veio no kit  da Track&Field, na corrida do ano passado. É um pouco mais pesado, além da aba ser maior, mas, estranho, nunca saí pra comprar boné...

Bem, é isso, correr pode ser democrático e barato, ou um "pouco" caro, depende do seu bolso, ou perfil tecnológico.

Mas não para por aí. E vocês, o que usam além disso? Compartilhem nos comentários.






Escapada

Treino de sábado feito na sexta, estava livre para (não) treinar como quisesse no fim de semana. Como não viajei, a cidade era minha.

Sábado fez um tempo bem frio em Salvador, o que me levou a acreditar que domingo seria igual. Separei minha camisa de manga comprida da Fila Night Run preta, e deixei separada.

Acordei quase 09:00 com um sol forte entrando pela janela. Pensei em não sair, pensei em sair, olhei a balança, pensei em ficar, olhei novamente, pensei em sair. Tomei banho e fui.

Ontem pensava em fazer 10K com tempo nublado, quando olhei o sol, recalibrei para 5K, mas ontem almocei tarde, e, em vez de jantar, comi frutas, sanduíche de pão integral com queijo branco, ou seja, peguei leve demais. E hoje, saí para correr logo após tomar café, uma vez que acordei tarde e não podia esperar muito. Isso, e o sol, eram a combinação perfeita para os 10K serem impensáveis.

O problema, é que até os 5 foram/ seriam difíceis. Mas a idéia era apenas não passar muito tempo sem treinar e deixar o metabolismo em dia, para queimar calorias...rsrs

Peguei uma garrafa de Powerade e saí. Solzinho chato, barriga pesando pois havia acabado de tomar café, e segui. Passei por um bar (isso umas 10:00) com uma mesa do outro lado da rua, alguns senhores e outros mais jovens também, tomando cerveja me olhando como se fosse um E.T.: short e camisa preta de manga comprida correndo com som nas alturas e uma garrafa não identificada (pra eles, pelo menos) nas mãos.

Dei uma risada de canto - não por me olharem, mas pelas barrigas que observei saindo das camisas abertas e curtas - e segui.

Passei por uma Igreja cujo culto parecia estar começando, e fui em frente. Velocidade: 9,2 km/h. Estava tentando diminuir, mas descansava, e ela voltava para esse patamar.

A corrida ficou incômoda, o corpo estava chateando porque não jantei direito ontem e estava de estômago cheio. Até o Powerade ficou quente. Fui até uma revenda de carro no final da reta, e voltei.

4K em 27 min. Hoje corri pra deixar o corpo acordado, não por prazer.



sábado, 23 de junho de 2012

Frio e Emagrecimento

Essa é para quem quer emagrecer, e ainda tem preguiça de sair no frio (Revista O2):




Emagreça mais correndo durante o frio


O inverno, que chega oficialmente hoje, proporciona maior gasto calórico para os corredores e ajuda a emagrecer. Basta um pouco de disposição


Por Pedro Nuin

Hoje é o primeiro dia de inverno e o marco de muita preguiça pelos próximos meses para a maioria dos atletas amadores. Ao invés de encontrarmos academias e parques lotados como no verão e na primavera, o que se percebe é um grande esvaziamento de ambos. É nessa época do ano que muitos preferem ficar em casa, assistindo a um bom filme debaixo do cobertor.

No entanto, para quem vê a perda de peso como prioridade na prática de uma atividade física, este é um pensamento que deve passar longe. Segundo o personal trainer Celso Lopes, o frio é o melhor momento para o atleta perder peso: “O gasto calórico no frio é maior. Parado o corpo já consome mais calorias apenas para se manter aquecido. Se somarmos essa aceleração do metabolismo nos dias frios de inverno ao gasto de uma corrida, o resultado será mais eficaz do que seria no verão, por exemplo”.

Durante o verão, o efeito é inverso. Com a temperatura mais alta, a pressão tende a baixar, desacelerando o metabolismo e queimando menos calorias. “No calor tendemos a ter moleza por conta de o metabolismo estar mais lento. Já a preguiça do inverno é plenamente psicológica. É mais confortável ficar parado e aquecido em casa do que sair e enfrentar o frio”, afirma Celso.

Mas é durante o inverno que procuramos comer alimentos mais calóricos. Deixamos de lado o peixe e passamos a ingerir mais carne vermelha e massa, por exemplo. E aí que está a pegadinha. O conforto de ficar em locais aquecidos somado ao prazer em ingerir comidas pesadas causam maior acúmulo de gordura no corpo. “A tendência é comer algo calórico justamente porque a gordura bloqueia o frio, é algo natural. Aí entra o fondue, lasanha, carnes vermelhas. Diferentemente do verão, quando o corpo precisa de alimentos que ajudem a hidratar os órgãos, que podem ser frutas, verduras, legumes e peixes”, revela.

Portanto, se você quer emagrecer esta é a melhor época. Basta seguir as mesmas recomendações feitas ao longo de todo o ano e dispor de um pouco mais de vontade para encarar o frio que vem por aí.


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Termos Técnicos

Muita gente que começa a correr não tem idéia dos termos que circulam no meio. A corrida, como qualquer outra atividade, tem suas características e particularidades.

Para ajudar os iniciantes, pego emprestado o artigo do site da Authentic, que por sua vez, emprestou da Revista O2.

Estranhamente, não citou pace, mas isso resolvemos fácil: Pace é uma medida de velocidade para os corredores. Da mesma forma que um carro medimos em Km/h, na corrida usa-se o pace, que significa em quantos minutos percorremos1 Km, por ex.: 5:45/ Km, ou seja: levamos 5 minutos e 45 seg. para correr 1 Km.

E como converter para Km/h? Simples: basta converter os minutos em hora, e dividir 1 pelo resultado (explicação de Ulisses/ Authentic Run, como sempre, pontual e ágil nas respostas).
Ex: 5,45 / 60 = 0,09083
1 / 0,09083 = 11 km/h

E não esqueçam: ninguém nasce sabendo, e perguntar não ofende!

Dicionário do corredor

A
Altimetria: representada por gráficos ou mapas, demonstra o relevo dos percursos das provas. Com isso, os atletas podem visualizar as subidas e descidas que enfrentarão ao longo da corrida.



B
Bater contra o muro: expressão usada por maratonistas, refere-se à marca dos 30 km. Após essa distância, a sensação de esforço para alguns atletas é tamanha que muitos dizem que se assemelha a correr de encontro com uma parede. 



C
Core: região que engloba quadril, abdome e lombar, é considerada o centro de estabilização e de produção de força do corpo.

Canelite: dor na parte anterior da canela, normalmente está relacionada ao impacto constante ocorrido durante a prática da corrida, que gera pequenos traumas nesta parte do corpo.



E
Endorfina: substância produzida pelo cérebro e utilizada pelos neurônios para facilitar a comunicação com o sistema nervoso e outras células do corpo. A endorfina é produzida em resposta à atividade física, com intenção de dar prazer e despertar a sensação de euforia e bem-estar.


Escala de Borg: escala alternativa em que o atleta usa a própria sensibilidade para saber a intensidade de esforço durante a prática de atividade física. A tabela é: 7- 8 muito fácil; 9-10 fácil; 11-12 relativamente fácil; 13-14 ligeiramente cansativo; 15-16 cansativo; 17-18 muito cansativo; 18-20 exaustivo.


Estar no caixote: expressão utilizada por algumas regiões do Brasil, refere-se aquelas situações na largada em que os atletas ficam rodeados e não conseguem imprimir desde o início o ritmo que pretendiam. 



F
Fartlek: treino em que o corredor alterna ritmos fortes e leves. O atleta corre o tempo todo, mas aumenta ou diminui a intensidade a cada determinada distância ou tempo. 

Frequência cardíaca máxima (FC Máx): determina o limite máximo que a frequência de batimentos cardíacos pode atingir com segurança. Também serve para determinar as frenquências cardíacas de diferentes tipos de treinamentos. Pode ser obtida pelo teste esgoespirométrico ou estimada por fórmulas matemáticas. A mais simples é subtrair a idade da pessoa ao valor 220.



G
Gasto calórico: aponta quantas calorias são gastas em um determinado tempo de exercício.

Glicogênio muscular: principal combustível do corpo durante a prática de atividade física. É estocado no organismo com a ingestão de alimentos ricos em carboidratos.



I
Intervalado (treino de tiro):treino em que o atleta corre em intensidade alta durante determinado tempo ou distância e faz um intervalo (caminhada ou ritmo bem leve) entre um tiro e outro. 



L
Lactato (ácido lático): resíduo metabólico produzido pelo organismo quando uma pessoa se exercita além do limiar anaeróbio. Causa fadiga muscular e diminui a capacidade do corpo de absorver oxigênio.

Longão: treino em que o principal objetivo é a distância percorrida. Costuma ser realizado uma vez por semana, geralmente, aos sábados ou domingos, dias em que as pessoas dedicam mais tempo aos exercícios.



M
Marcador de ritmo (coelho): atleta contratado pela organização de uma competição para correr a prova (ou parte dela) em determinado tempo ou velocidade. Serve de referência para os demais competidores.



O
Overtraining: também conhecido como sídrome de supertreinamento, ocorre quando o atleta força muitos seus treinos. Os sintomas são parecidos com as conseqüências naturais de um treinamento forte, mas são crônicos e e causam uma queda no rendimento. O corpo perde a capacidade de se recuperar das sobrecargas sucessivas e entra em pane. 



P
Pipoca: pessoa que não fez a inscrição para uma corrida mas mesmo assim participa da prova.


Postos de abastecimento: postos montados ao longo dos percursos das provas com água, bebidas esportivas, frutas, alimentos e suplementos alimentares para que os corredores possam se reidratar e repor as energias



Q
Quebrar: palavra utilizada quando um atleta perde as forças em determinado momento da prova e não consegue completar a corrida (ou precisa diminuir o ritmo para chegar até o final).



T
Tempo-run: tempo em que um atleta percorre uma distância pré-determinada em ritmo contínuo e intensidade moderada a alta.


Teste esgoespirométrico: exame que mede os limiares, o VO2 máx e alguns outros parâmetros importantes para a prática de atividades físicas.



V
VO2 máximo: volume máximo de oxigênio que o corpo consegue consumir durante o exercício físico. É um indicador de potencial de um atleta e pode ser melhorado com os treinos, mas cada indivíduo possui seu limite natural.







quinta-feira, 21 de junho de 2012

Leaving Behind and Taking it Back

Pois, é. Quando começamos a correr, Lorena tinha dificuldade para manter o ritmo, respiração, etc. Com o passar dos meses foi seguindo firme e determinada, concluindo todos os treinos, mesmo depois de duas lesões (psoas, sempre ele).

Com o passar do tempo, fui sofrendo com as dores nas costas: foram quase 3 meses sem conseguir concluir um longão, pensando até em desistir ou me resignar aos 5K mesmo. Era intolerável. E ela seguindo, sempre disciplinada. Terminava os treinos que eu não não conseguia, por causa da dor.

Com o tempo, as dores diminuíram, fui voltando pra valer, com vontade de tirar o tempo perdido, e fui treinando para sentir prazer e testar meus limites. E fui melhorando o pace (nada extraordinário). Ela com medo de ter uma lesão, sempre comedida. E me mandando reduzir!

Quando nos inscrevemos na Meia, não corríamos nem 10K, eu procurei olhar bem pra frente e busquei uma meta possível e desafiadora (Ulisses só disse que era uma vitória colocar um sedentário para fazer uma Meia em 12 meses DEPOIS que eu fiz a prova, dizer que era uma missão quase impossível, ele não me disse) e ela, preferiu se inscrever para 10K.

Com o tempo, terminamos com a mesma planilha, mesmo treino. Apenas eu com um desempenho um pouco melhor. E falei: "Se treinamos igual, por que você não muda para 21K? Se você não conseguir, provavelmente eu também não consigo". Mas nada, nem em sonho.

Até que um dia, após correr 16K, ela viu que quem corre bem 16, corre 21. E trocou para a Meia.  Ainda fizemos um longão de 18 antes da prova. E lá fomos nós para nossa 1a Meia.

E ela terminou bem, quer dizer, esgotada como todos nós. Mas 3 horas depois estávamos no Outback cedendo aos prazeres na mesa.

Começamos juntos, fazemos musculação juntos, temos a mesma nutricionista, mesmos suplementos, mesmas marcas de tênis, Garmin, Polar.... eu pesquiso, escolho, ela vem junto. E às vezes, reclama que não gostou como foi o caso do Pré-Treino, que ela tomou com pouca água, ficou vermelha e pensou que estava morrendo (rsrs). Estávamos no fisioterapeuta, que perguntou o que era e ela respondeu: " Não sei, foi ele quem me deu".

E no começo, quando sentia dores e não queria ir treinar, ela me arrastava. Assim, em todas as provas, quando chego na frente (em dezembro, no Circuito das estações, 5K, penei com as costas, e ela seguiu), volto e cruzo novamente a linha com ela. 

Foi assim em Floripa, que voltei pra pegar minha "coisinha".

Valeu, Xuca, muitas outras ainda cruzaremos juntos!





F.T.W.M.I.A.T.O.

Como Será Ganhar?


Estava vendo o video de Floripa 2011 (o desse ano, ainda não está disponível). Revi o percurso, a linha de chegada que não "chegava" nunca, aquela energia toda e deu uma saudade...

E, como não poderia deixar de ser, vi também o ganhador sendo escoltado e chegando para a glória. E pensei em como deve ser fantástico sentir esse sabor, chegar acompanhado das motos, todos prestando atenção em você, sentir que você conseguiu, que, de todas aquelas milhares de pessoas, naquele dia, naquele momento, foi você quem superou tudo e todos. Principalmente seus limites.

Claro que esse é um funil extremamente estreito, e que pouquíssimos passam. E nem tenho a mais longínqua esperança de um dia estar entre eles. Não treino para isso, e mesmo que treinasse, não sentiria prazer em correr assim - SE conseguisse.

Mas o ponto é: essas pessoas existem para nos inspirarem.

E, pelo jeito, para serem esquecidas, pois não encontrei em lugar algum, uma menção sequer do nome do ganhador da edição 2011.

Parabéns a ele, seja ele quem for. Que continue nos inspirando a cada passo.


Como Não Ter Que Perder Tempo Amarrando o Tênis

Por mais que prometam que o cadarço de determinado tênis não desamarra pois tem ranhuras, etc., fato é que desamarram, SIM. E é um saco, além de perdermos o ritmo na corrida. Numa prova, então...

Quando comprei meu Asics Noosa7,  ele veio com um elástico como opção. Testei, gostei e corri em Floripa com ele, Não tive problema algum, em hora nenhuma precisei sequer apertar.

Assim, resolvi trocar os meus tradicionais, pelos de elástico. Procurei e encontrei esse site: http://www.cadarlastic.com.br/.

Existem vários modelos de diferentes qualidade, como esse site vende exclusivamente esse produto, vou testar. Assim que comprar e recebê-los, conto o que achei. Mas uma coisa garanto: correr com elástico é muito, mas muito prático.





Experimentem, e digam como foi a experiência!



quarta-feira, 20 de junho de 2012

Uma Conquista Sob Outra Ótica

Como já comentei aqui, quando fiz 16K senti que dava para esticar até os 21. Chovia forte, e parei na meta mesmo. No dia que corri 18K, estava tudo bem, e eu ia até os 21, mas terminamos o treino tarde e tive que parar e pegar minhas coisas uma vez que a barraca estava desarmada.

Eu queria saber como era correr 21K, e sentia como se já tivesse corrido. Queria ter feito, de fato, 21K ANTES da prova, para viajar sabendo que, conseguindo uma vez, não tinha "como dar errado". Mas não aconteceu.

Só que, quando tive a sensação de ter chegado lá, achei que não tinha mais graça fazer a Meia, pois era como se não fosse mais novidade.

Mas à medida que a data ia se aproximando, sentia que seria diferente. E se o tempo não ajudasse? E se o sol desse o ar da graça? E se a chuva viesse com força total? E se não  acordasse bem? Tantas variáveis...

Sentia que estava bem, e que ia terminar a prova. Mas nada garantia isso. Nada nem ninguém. No dia anterior saiu o maior sol. Eu andava olhando pro chão, para não torcer o pé, evitava correr atravessando a rua, para não lesionar um músculo. Tudo na base da paranóia. Achei minha bermuda de compressão folgada, tudo era motivo para reclamar.

No dia, nada de chuva, de sol, de vento forte. Nublado e frio, parecia que ligaram o ar condicionado no céu.

Vontade de terminar, e sem lesão alguma. Só isso. Se não sofresse nenhuma dor, a chegada era uma certeza. Nessa hora percebi que nada se compara a participar de uma Meia pela 1a vez. Nem de longe se parece com um longão. 

De todas as dores que senti, medos, dúvidas, só uma coisa me vinha à cabeça: Vou terminar, Posso terminar, Quero terminar, Tenho que terminar. Nos 2K finais, anestesiei e parei de sentir dor. Quanto mais perto estava da chegada, menos energia eu tinha, o psicológico dizia: "Pronto, energia calculada para 21K, está na reserva da reserva".

Quem disse que tinha como acelerar? Dor na virilha, nos músculos das coxas, pés, joelhos, pisava no acelerador e nada o motor responder. Eu até ia um pouco mais, porém sem alterar o ritmo. Passou um cachorro por mim, pensei: "Se esse totó vier pra cima, vai morder até dizer chega, porque correr mais que isso, impossível".

Lembram do cara que corria estranho? Ele não estava a mais de 200/ 250 metros na minha frente, mas não dava, não ia, não tinha como as pernas responderem ao cérebro.

Mas finalizei, e sem lesão. Mas como se termina um prova dessas? No meu caso, com a virilha incomodando muito, coxas muito doloridas, joelhos travados, um forte enjôo, e uma felicidade incomensurável.

Uma dica aos usuários de gel de carboidrato: testem se vocês se adaptam a eles, e não exagerem: um a partir de 10K ou 60 minutos, depois, a cada 40 ou 60 minutos, depende de você, mas não esqueça que isotônicos contêm carboidrato, portanto, modere o consumo.

Por que isso? Porque o uso exagerado, a depender do seu organismo, pode gerar incômodos, dor de barriga, entre outros. Tentem usar o gel aos poucos e com água, e alternar com uma barra em vez apenas do gel, uma bananinha (aquele doce açucarado), enfim, faça seu planejamento e defina com uma nutricionista, mas sejam cautelosos com o uso, ok?




Floripa que nunca vou esquecer, e olha que não treinei na orla dela... mas corri sua Meia :-)