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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Eu Corro, Tu Pedalas, Ele Caminha.

Quando comecei a correr, apaga, volta. Um dia, há muito tempo atrás, eu comecei a caminhar.

E claro, caminhava na pista destinada a corrida. E ia feliz, todo compenetrado, me achando o máximo. Depois interrompi, e comecei a correr muitos anos depois, mas já falamos sobre esse começo.

Bem, o fato é que, quando passei a correr, percebi como atrapalhei os corredores na minha fase de caminhada. 


Porque, vamos considerar o seguinte: se você anda na pista de ciclismo, o que acontece? Só faltam atropelar você. Passam como um raio, buzinam, e não raro, até xingam - já aconteceu com vocês?


Mas, e se alguém caminha na pista de corrida? Não é de bom tom falar impropérios, lógico, nem essa pessoa será atropelada. Buzina não temos, certo?


Resumindo: perdemos o ritmo, desconcentramos, esbarramos sem querer, e até acham que somos nós os culpados. Mas, vamos lá: uma dúvida que me corrói a alma. Por que o ciclista anda no seu cantinho, e o que caminha não usa a calçada, deixando a pista para quem corre?


Será que eu estou sendo ranzinza ou radical demais? Será que só aqui em Salvador eu tenho esse problema? Semana passada dei uma corridinha em Maceió, e havia pessoas andando na via dos corredores, e sim, bicicleta também. Mas achei até um número pequeno de pessoas comparado com o que vejo aqui.


Bem, tenho que pesquisar mais, correr mais por aí.


Mas experiências são bem-vindas !

Uma Senhora Orla...

Eu gosto de Salvador. A cidade tem uma energia que não dá para explicar, só vivendo aqui mesmo, para saber. E não é pelo Carnaval, nem pelas festas (acho que passei da fase).

Pois é, mas, por mais bela que seja, a orla de Salvador fica a desejar - e como ! - quando comparamos com outras orlas. Tiraram as barracas, prometeram um novo projeto, e estamos até hoje sem barracas nem a beleza que nossa costa merece. Dá pra correr, mas com pistas interrompidas, que vão e voltam, estreitas aqui, esburacadas ali, enfim: sem estrutura. Quer correr? Vai pra calçada.

Passei o Carnaval em Maceió. Levei meu tênis, claro. E fui explorar a pista de corrida. Saindo do hotel havia um posto da Polícia Militar. 

"Amigo, boa tarde. Você sabe dizer quantos K tem daqui até o final da pista de corrida?"
" Uns 9 Km"
"Mas assim? Com pista de ciclismo e corrida?"
"Isso. Desse jeito"

E olha, isso do hotel para frente. Ainda tinha pista indo no sentido contrário. Considerando o que o policial respondeu, e imaginando uns 3K para trás, por baixo, temos 12K. Ida e vinda, mais de uma Meia Maratona !

E com uma pista assim (ciclismo e corrida juntas, algumas vezes se separando):







E o mar no mesmo nível:







E eu corri, de leve, meus 40 minutos, como mandava a planilha, às 12:30, num sol de queimar o couro (foi o horário que sobrou para quem viaja com criança). No final, o tempo deu uma trégua e até chuviscou.

Sabe quando dá uma inveja daquela orla?


domingo, 26 de fevereiro de 2012

Equipe de Apoio: Os Anjos do Seu Corpo

Quando comecei a correr, não tinha idéia de que, um dia, iria ter tantas pessoas ao meu redor dando suporte à atividade.

Porque, as coisas vão acontecendo, e, como consequência, profissionais são necessários para nossa evolução.

Na assessoria esportiva, são cerca de 6 professores que se alternam nos dias e horários dos treinos: sempre temos 2 ou 3 por vez. 

Três meses depois de começar a correr, iniciei a musculação para fortalecer os músculos e prevenir lesões. Mais dois profissionais: o orientador, que monta o programa, e a professora, que acompanha os exercícios.

Corrida vai, corrida vem, aparece uma dor nas costas que me levou ao fisioterapeuta. Hoje faço sessões periódicas.

Depois de perder 13,5 kg, como mencionei nos primeiros posts, estabilizei meu peso, e, como aumentei o tempo/ distância dos treinos, procurei uma nutricionista para organizar a dieta, ter energia para treinar bem (tenho uma meia maratona em junho) e perder o peso que ainda teima em não ir embora.

Claro que essa é uma situação específica, e que varia de pessoa para pessoa, depende dos objetivos e estágio de cada um, mas eu diria que é um caminho quase natural para quem pretende se dedicar a atividade.

Acompanhamento esportivo, musculação, nutrição e, como os corredores bem sabem, uma hora vem aquela lesão que exige um acompanhamento dedicado.

E é bom saber que podemos contar com profissionais para nos ajudar nesses momentos, eles, cada um a seu modo, fazem a diferença!


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sim, Qual é o Melhor Tênis, Mesmo?


Eu juro: odeio aqueles artigos tipo: "10 dicas para se dar bem numa entrevista de emprego", ou: "Como perder a barriga em 5 passos".

E então, estou aqui falando de escolher o melhor tênis. Mas, antes de tudo, explico: o título é mesmo uma pergunta, não uma proposta de definir o calçado ideal. 

Ne verdade, até é. Porque o tênis ideal é aquele que você se sente mais confortável sem agredir o corpo no final de um treino ou uma prova. E ponto. Qualquer outra coisa que se diga, resvala nas opiniões pessoais, chutômetros, e por aí, vai.

Na minha primeira semana de corrida, usei um par que deveria ter uns 6 anos (por aí dá pra ter uma idéia de como era usuário de tênis). Nem para corrida ele era. Tomei uma bronca do treinador.

Saí, comprei um par de uma marca de renome, e fui, todo feliz, para minha corrida. 

"Roberto, tênis novo?". 
"Sim, comprei para treinar, 1a vez!". 
"Mas Roberto, esse modelo não é... assim... pra corrida, entende?". E me explicou tecnicamente os motivos, etc., etc.

Como bom aluno, fui pesquisar as marcas mais usadas: Asics e Mizuno. Nada de market-share. O que eu mais via nos pés dos corredores do meu grupo, fora dele, conversando aqui e ali.

Antes, uma ressalva: minha pisada é neutra levemente supinada, e não me guio por esse critério, uso modelos neutros/ supinados e até levemente pronados. As próprias classificações dos Guias de Tênis já estão mudando, como mostra o link no final do post.

Procura vai, procura vem, encontrei um modelo da Mizuno que achei interessante: o Prophecy. Ele me chamou a atenção pela tecnologia usada: placas separadas do solado que amortecem e fornecem impulso ao pisarmos. Para pessoas altas e mais pesadas como eu (1,85 e 85kg), amortecimento é a prioridade. Comprei, e não me arrependo nem um pouco: o amortecimento é ótimo. Sacrifica a estabilidade, pois é mais alto, e poderia ser mais leve, mas... 

Muitos corredores reclamam que os pés ficam distantes do solo, sem contato, etc. Para mim não é importante, calçados minimalistas não estão (ainda) nos meus planos.Uso esse modelo para treinos mais longos e provas.







Bom, agora eu já estava devidamente equipado. E satisfeito. Mas precisava de outro par, se não meu bom (e caro) Prophecy não duraria muito. Como não queria arriscar, nem gastar muito, optei pelo Mizuno Wave Creation12.










A tecnologia é semelhante (na verdade, o Prophecy é uma evolução dessa tecnologia), a placa não acompanha quase todo o tênis, mas o conceito é o mesmo. Gostei do primeiro, e gosto desse, que uso para treinos mais leves e curtos.

Continuei a procurar marcas que não fossem necessariamente, as mais conhecidas. Não haveria as voltadas apenas para corrida, ou que tivessem uma outra proposta? O que havia no mercado para se explorar? Encontrei 2 marcas americanas: Brooks e Saucony (na verdade, existem várias: K-Swiss, Skechers, Newton, só para ficar com alguns exemplos).

Pesquisei os modelos, escolhi alguns, até que recebi um e-mail de um site de produtos esportivos, com uma oferta tentadora: Brooks Trance9 por R$ 109,00. Comprei na hora.

Ele tem um bom amortecimento, é bastante confortável, não é pesado, e uso alternado com o Wave Creation12. Lá fora já existe o Trance11.






Alguns corredores do meu grupo usam o Saucony e gostam muito. Comprei o modelo Triumph8 (já existe o 9), e hoje, é o meu xodó: leve (cerca de 330g), ótimo amortecimento e boa estabilidade. Uso nos treinos longos. Como é novo, estou amaciando-o e tenho usado sempre que posso.









Como disse no início do post, o critério de tipo de pisada para determinar o melhor modelo, está sendo revisto por alguns guias, como é o caso da revista Runner's World americana, que publicou recentemente um guia onde usa outras variáveis. Vale a pena dar uma olhada: http://www.runnersworld.com/images/march-2012-shoe-guide-intro.pdf.

E aí? Qual o modelo preferido de vocês? E por que?


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Uma Breve Apresentação

Bem, introdução feita, vamos às apresentações.

Acho que uma experiência "comum" pode fazer outras pessoas se identificarem e perceberem que qualquer um pode começar e obter resultados rápidos e consistentes.

Então vamos lá:

Sedentário até os 41 anos, muito McDonald's no currículo (durante algum tempo, almoçava lá pelo menos 3 vezes por semana), comia o que dava vontade, bebia (embora pouco) quando e o quanto queria, achava academia um fardo, começou umas 4 vezes e nuca passou mais de 3 meses a cada tentativa. Eu era assim.

Uma pessoa que adora comer em restaurantes, lagartear em casa ou na piscina com uma cerveja ou roska na mão, tomar um bom vinho quando viaja.

E, entre amigos, sempre falávamos em começar uma atividade: tênis, natação, o que quer que fosse. Mas nada saía do papel. Claro, era mais cômodo assim.

Em 2010 fomos eu, Lorena - minha esposa - e um casal de amigos, para Santiago. Andamos muito, perdemos o fôlego passeando pela cidade e falamos mais uma vez em começar uma atividade. Não rolou.

Em 2011 nós 4 fomos para Buenos Aires. Andamos mais ainda. Uma bela noite, tomando um bom vinho acompanhado de queijos, voltamos ao assunto: temos que começar a fazer alguma atividade. Não queremos ter que parar de beber, usar sal, abdicar de alguns pratos daqui a alguns anos por problemas de saúde. MAIS: queremos ver nossos filhos crescerem e participar dessa evolução. E nada garantia que, com nossa vida, iríamos ter pique para isso.










Quando voltamos, na semana seguinte, procuramos uma assessoria esportiva. Aqui vale uma observação: para quem está começando (ou até para os mais avançados), uma assessoria é importante pois motiva, orienta, estabelece objetivos, fornece feed-back, permite troca de experiências. Acreditem, faz toda a diferença.

Eu não corria 2 minutos com meu filho no playground. Imagine iniciando num grupo de corrida. No início andando, depois trotando 1 minuto e andando 4, trotando 2 e andando 3,.. e assim começamos.

Bem, o negócio estava tão feio,  que levei uns 3 meses para correr direto. E aí já foram 30 minutos, depois 3K, 4K. Surpreendente quando olhamos para trás e vemos de onde saímos e o que conseguimos realizar. Impressionante.

Comecei correndo e tirando algumas coisas da minha dieta: Suspendi a cerveja (ficaram o vinho e a roska), gordura/ fritura e as sobremesas foram confinadas aos finais de semana; para compensar, continuou o café com açúcar após as refeições. 

Nesse ritmo, foram cerca de 2,5 kg/mês. 

Resumo da ópera: de junho, quando começamos, até dezembro, saí de 98,7 para 85kg,  calça de 48 para 42, camisa de XL para L. Só em um dia, foram 5 jeans embora. Ou entrava peça nova, ou tinha que ajustar o que podia ser salvo.

Minha idade metabólica, de 71 anos, caiu para 31. A gordura visceral, de 12, para 7 (índice máximo aceito). Só em 2011, participei de 4 provas, todas de 5K.

E assim, a coisa foi acontecendo. Hoje, corro 9 a 10K, já fiz a inscrição na meia de Floripa (21K) que ocorrerá 17 de junho, e tenho que chegar lá. Esse tem sido meu foco nesse momento.

Mas vamos ao que interessa, o cerne da questão: como se chega lá? O que nos mantém focados e ávidos por querermos sempre mais?

Eu penso o seguinte: Primeiro, você deve aceitar/ entender naturalmente que precisa ter uma atividade, depois, encontrar uma que você se identifique, possa ser incluída sem transtornos na sua rotina e lhe dê prazer. Com a companhia de amigos, esposa, marido fica mais fácil.

Num segundo momento, os resultados começam a aparecer (mais disposição, menos peso e barriga, novas amizades, etc.). Nesse momento, você tem o tangível associado ao intangível (menos propensão a doenças, redução nos índices críticos), e sente que a coisa está caminhando bem.

Então já pegou o gosto pela coisa e a vontade de evoluir surge naturalmente, como aquela prova que vira uma fixação, aquele tempo que teima em não baixar e por aí vai.

E você percebe que a atividade entrou e já faz parte da sua vida.

Captou?

Sejam Bem-Vindos, Corredores de Verdade !

Olá,

Bem vindos ao Corredores de Verdade!

Esse blog tem como objetivo aproximar os praticantes de corrida e motivar outros tantos a iniciarem uma atividade saudável, no caso, a corrida.

E mostrar quantos benefícios podem trazer uma atividade física e quanta mudança isso faz na vida de uma pessoa.

E sempre falando COM e DE pessoas que praticam a corrida sem objetivos profissionais, ou seja, pessoas como eu, você, e tantas outras que correm por aí.

A idéia é contarmos com contribuições de outros corredores, profissionais da área, darmos sugestões de equipamentos para que outras pessoas passem a conhecer e possam tomar uma decisão de compra com mais segurança. Além de saber o que há de novo no mercado.

Sempre um bate-papo informal, objetivo, com novidades quentes e troca de experiências.


Inicialmente, vamos entender o nome do blog: Corredores de Verdade.

O nome pode indicar que se trata de um blog para profissionais, o que é totalmente equivocado, até porque esse que vos fala escreve não é, nem tem pretensão de se tornar um. Assim, o nome tem sua origem no fato de que, para ser um corredor de verdade, basta a pessoa se identificar com a atividade, gostar, perceber os resultados e saber que é isso que ela quer por muitos e muitos anos.

Na minha opinião, é isso que faz de uma pessoa um corredor de verdade. Pensando bem, essa é a base pra qualquer atividade bem sucedida, mas essa é uma outra história.

Portanto, sejam bem-vindos e sintam-se em casa.