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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Quem é o Responsável Pela Sua Saúde?

Hoje não tinha compromisso logo cedo, e fiquei trabalhando em casa.

No programa Ana Maria Braga, saiu uma reportagem sobre a importância dos exames antes de começar uma atividade física.

Na reportagem, um produtor da Globo foi a várias academias no Rio, perguntar o que era necessário para a matrícula. Todas disseram que o aluno deveria levar um atestado em até 10 dias, que poderia ser de qualquer médico.

Não sei o que determina a lei (em SP, e exigência foi banida, pois, alegaram que o atestado  informava que o aluno estava apto até aquela data, mas, e depois? E por quanto tempo?).

Atividade física (salvo para pessoas com problemas muito específicos), é extremamente positivo. Faz bem, e muito. Quanto a isso, não restam dúvidas.

Mas, nessa mesma reportagem, foram entrevistados várias pessoas que perderam colegas de futebol ou de outras modalidades, que estavam bem, e, de repente, tiveram um colapso e não resistiram.

Tão importante quanto fazer uma atividade, é se certificar que se está apto pata tal, para que, em vez de benefícios, ela não traga um problema.

E, mea culpa, fico devendo nesse quesito.

Quando comecei na Authentic Run, em junho/ 2011 (14/06), eles exigiram que fizéssemos uma avaliação física. Na semana seguinte (20/06), estava fazendo a avaliação. Um casal amigo nosso que começou junto, também fez, e ele descobriu que tinha pressão alta (bem alta, na verdade). Em função disso, foi ao médico, fez dieta, passou a caminhar, enfim, a avaliação serviu para prevenir um problema potencialmente maior.

Essa avaliação não é a mesma que um cardiologista consciente faria, exigindo exames, etc. Mas é uma avaliação que exige abdominais, flexões, elasticidade, mede as dobras, % de gordura, massa magra, peso, % de água no organismo, tira a pressão, faz uma entrevista, entre outros procedimentos.

Enfim, não é um exame clínico apertadíssimo, mas cerca bastante um problema que possa acontecer. Mas nem mesmo ela é a que deve-se fazer, de forma ideal, para periodicamente, afastarmos a possibilidade de um problema que esteja "escondido".

E ainda é uma das avaliações mais completas dentre as Assessorias Esportivas daqui.  

Tanto que uma médica para a qual mostrei os resultados, achou tão boa, que mostrou interesse em indicar para alguns pacientes.

Mas, voltando: independente do que a lei exige, de onde deve partir essa iniciativa? De nós, sempre. A periodicidade e condução cabe ao médico decidir. Mas, com um plano de saúde e um pouco de cuidado e disciplina, pelo menos um check-up anual é aconselhável. 

Domingo pasado (06/04) fiz minha 5a Meia Maratona. Rio de Janeiro, 27o. Corri 2 horas e 28 minutos. Sem estar na minha melhor forma. 5Kg acima do meu peso médio.

Ainda assim, atingi 98% da minha Frequência Cardíaca Máxima, queimando 2569 kcal. (ok, vamos dar os descontos a essas kcal., ok?). O que isso significa? Que me mantive dentro de uma área "confortável". Um cardiologista e treinador poderiam dizer que poderia ter rendido mais, uma vez que tinha energia ainda para rodar melhor.

Conhecer seus números, usar recursos que podem lhe municiar de informações úteis, ter o hábito de fazer exames. Tudo isso torna a atividade física mais segura e prazerosa.

Eu faço atividade física 6X por semana: corrida terças, quintas e sábados, e musculação de seg. a sexta. E não costumo faltar. Se falto a corrida, faço a musculação, e tento compensar correndo um pouco no dia seguinte.

O clube de corrida é profissional, tenho personal, faço fisioterapia regularmente, dieta com nutricionista, se sinto algum incômodo falo com meu fisioterapeuta ou personal, enfim, não esquento problema. 

Mas isso não elimina a possibilidade de que possa ter um problema caso não faça exames regulares.

Termino com o depoimento de um entrevistado nessa mesma reportagem.

Um senhor, professor de artes marciais, disse que treinava com seu médico há 30 anos. E que, por sorte ou azar, ele faleceu. Então ele teve que ir a outro médico fazer os exames e renovar o atestado. Descobriu um problema na válvula mitral, e teve que fazer uma cirurgia para colocar uma.

"Se ele não tivesse morrido, teria me dado o atestado, pois me conhecia há mais de 30 anos".

É, ou não é, para refletir?



Coment·rios
1 Coment·rios

1 comentários:

  1. Reflexões muitas,
    Eu adicionaria ao texto a avaliação criteriosa de nossos hábitos! Que não deixa de estar conectado com o ponto de vista médico. Mas respeitar o nosso corpo com boa alimentação, com períodos adequados de descanso, evitar vícios em excesso, manter uma vida social que nos traga sensação de bem-estar, trabalhar dignamente e com amor (sempre que possível); são bons tratamentos! e tão importantes quanto os exercícios e o acompanhamento médico! Fica até meio piegas, mas enfim...aprendi muito isso no Taoismo (sem qualquer conotação religiosa aqui!) como estilo de vida! Abraço, daniel

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