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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Uma Conquista Sob Outra Ótica

Como já comentei aqui, quando fiz 16K senti que dava para esticar até os 21. Chovia forte, e parei na meta mesmo. No dia que corri 18K, estava tudo bem, e eu ia até os 21, mas terminamos o treino tarde e tive que parar e pegar minhas coisas uma vez que a barraca estava desarmada.

Eu queria saber como era correr 21K, e sentia como se já tivesse corrido. Queria ter feito, de fato, 21K ANTES da prova, para viajar sabendo que, conseguindo uma vez, não tinha "como dar errado". Mas não aconteceu.

Só que, quando tive a sensação de ter chegado lá, achei que não tinha mais graça fazer a Meia, pois era como se não fosse mais novidade.

Mas à medida que a data ia se aproximando, sentia que seria diferente. E se o tempo não ajudasse? E se o sol desse o ar da graça? E se a chuva viesse com força total? E se não  acordasse bem? Tantas variáveis...

Sentia que estava bem, e que ia terminar a prova. Mas nada garantia isso. Nada nem ninguém. No dia anterior saiu o maior sol. Eu andava olhando pro chão, para não torcer o pé, evitava correr atravessando a rua, para não lesionar um músculo. Tudo na base da paranóia. Achei minha bermuda de compressão folgada, tudo era motivo para reclamar.

No dia, nada de chuva, de sol, de vento forte. Nublado e frio, parecia que ligaram o ar condicionado no céu.

Vontade de terminar, e sem lesão alguma. Só isso. Se não sofresse nenhuma dor, a chegada era uma certeza. Nessa hora percebi que nada se compara a participar de uma Meia pela 1a vez. Nem de longe se parece com um longão. 

De todas as dores que senti, medos, dúvidas, só uma coisa me vinha à cabeça: Vou terminar, Posso terminar, Quero terminar, Tenho que terminar. Nos 2K finais, anestesiei e parei de sentir dor. Quanto mais perto estava da chegada, menos energia eu tinha, o psicológico dizia: "Pronto, energia calculada para 21K, está na reserva da reserva".

Quem disse que tinha como acelerar? Dor na virilha, nos músculos das coxas, pés, joelhos, pisava no acelerador e nada o motor responder. Eu até ia um pouco mais, porém sem alterar o ritmo. Passou um cachorro por mim, pensei: "Se esse totó vier pra cima, vai morder até dizer chega, porque correr mais que isso, impossível".

Lembram do cara que corria estranho? Ele não estava a mais de 200/ 250 metros na minha frente, mas não dava, não ia, não tinha como as pernas responderem ao cérebro.

Mas finalizei, e sem lesão. Mas como se termina um prova dessas? No meu caso, com a virilha incomodando muito, coxas muito doloridas, joelhos travados, um forte enjôo, e uma felicidade incomensurável.

Uma dica aos usuários de gel de carboidrato: testem se vocês se adaptam a eles, e não exagerem: um a partir de 10K ou 60 minutos, depois, a cada 40 ou 60 minutos, depende de você, mas não esqueça que isotônicos contêm carboidrato, portanto, modere o consumo.

Por que isso? Porque o uso exagerado, a depender do seu organismo, pode gerar incômodos, dor de barriga, entre outros. Tentem usar o gel aos poucos e com água, e alternar com uma barra em vez apenas do gel, uma bananinha (aquele doce açucarado), enfim, faça seu planejamento e defina com uma nutricionista, mas sejam cautelosos com o uso, ok?




Floripa que nunca vou esquecer, e olha que não treinei na orla dela... mas corri sua Meia :-)



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