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domingo, 14 de outubro de 2012

Meia Maratona Farol a Farol: Pois é, Paciência. . .

Quem fala sobre incentivo, vitórias e desejos, fala também sobre fracassos.

Fui desaconselhado a fazer essa Meia pelo meu fisioterapeuta, treinador e por mais 2 médicos. Votei de viagem segunda passada, treinei terça e quinta, e fiz musculação quarta.

Seria minha 3a Meia, e todas esse ano. Deveria ser a 4a, pois a Meia Maratona Caixa da Bahia eu fiz apenas 10K, com um sol de rachar, mas eu estava com uma condição física melhor que hoje.

Uma sucessão de fatores (só agora, olhando em perspectiva, consigo observar):

# O iPhone que é nosso despertador, simplesmente, de 98%, ZEROU a bateria em 2 horas (!) e acordamos 05:15 em vez de 04:30

# Não passei protetor solar

# Chegamos em cima da hora na tenda da Authentic, para irmos juntos até a largada, do outro lado da cidade

# Para chegar logo na tenda, fui correndo forte sem aquecer

# Esqueci minhas "coisas" (gel, açúcar, bisnaga, GU Brew, etc.) e tive que pegar parte do que Lorena tinha com ela, que não era o que iria usar

# Trânsito bloqueado, tivemos que mudar a rota, chegamos na largada logo após o pessoal sair. Como a largada dos 21K era exclusiva, tinha pouca gente e fomos os últimos a passar o chip

# Para chegar na largada, outra corrida sem aquecer

# Na agonia, saí sem alongar

# Pessoal, Lorena foi, literalmente a última a passar pela largada. Teve que ouvir: "Bora, que a Vitalmed está acompanhando", "Vocês são os primeiros... de 2013". Realmente, o nível e participação dessa gente é "emocionante". Olha que larguei no final da Paris Versailles, e NUNCA ouvi sequer, algo do tipo, só incentivos. Mesmo na Meia Internacional do Rio (nessa estava no "miolo"), o pessoal foi em peso às ruas e só ouvimos incentivo.

Que me desculpem os baianos "do bem", mas aqui o buraco é bem, mas bem mais embaixo... ô povinho participativo, ô povinho lindo e de nível internacional. Que venha a Copa! 

Lembro de Jacintho, maratonista do nosso grupo, que, ao voltar da Maratona de Berlim, foi fazer uma Meia aqui, logo depois, e ouviu de uma senhora: "Esse povo desocupado que não tem o que fazer e fica atrapalhando o trânsito"....

Mas, pessoal, isso não foi "O" problema. 

No Km 3 senti uma fisgada na perna entre a virilha e a coxa, coisa normal para quem corre; continuei e senti a dor mais forte. Diminuiu. Continuei. Voltou, uma fisgada, outra, aquela dorzinha que não passava.

Pensei: "Se eu continuo, ou ela vem rasgando, ou diminui/ passa e, no final, vou ter o mesmo problema que tive com o psoas"

E eu tenho outros planos para ficar parado por causa de uma teimosia. Crescer é aprender e amadurecer. Errei muito - e evoluí enormemente - nesses 16 meses de corrida para não aprender até onde devo ir.

E, no Km 4/ 4,5, parei. Deixei o POLAR rodando na esperança vã, de, quem sabe, ver uma luz e voltar a correr, mas a única luz veio do arco-íris, pois o dia nublado deu lugar a um sol de rachar - depois de dois dias nublados e com chuva.

Até parar, foram 2 postos de hidratação - soube que estavam a cada 2K, o que se confirmou até interromper minha prova, pelo menos. Andei um trecho e fui vendo os postos serem desmontados, as divisórias serem retiradas da rua.

Passei por lugares onde treino vendo pessoas correrem em pleno domingo. Senti raiva, revolta, mas de mim mesmo, pela forma como as coisas aconteceram. E, no fundo, um alívio por ter interrompido e acreditando que, por isso, vou poder continuar correndo já na segunda mesmo.

Minha 3a Meia era mesmo a que fiz 10K, não essa.

E tomei uma decisão: não farei mais provas esse ano, só treino, treino e treino.

Tenho apenas a Track&Field Salvador Shopping (já inscrito), que vou fazer 5K, pois 10 são duas voltas, e vou tentar fazer um tempo "legal".

Não vou fazer a Adidas Verão (dezembro) nem EcoRun (novembro). Talvez Circuito Powerade, em dezembro, que será à noite. 

Em novembro tem uma prova em Pituaçu, que nunca fiz e tenho muita vontade, mas é uma prova pequena, pouca estrutura, não sei. 

Posso nem fazer a Track&Field, pois cai no dia da Golden Four de Brasília . . . kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Espero contar muito mais vitórias do que derrotas, embora, algumas vezes, não dependa apenas de nós.



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